José Lins do Rego: vida e obra
Confira a trajetória do autor e um resumo de suas principais obras
José Lins do Rego (1901-1957) foi romancista, cronista e ensaísta. O autor, que fez parte da geração 30 do Modernismo Brasileiro, trazia em suas obras um olhar crítico sobre a realidade brasileira de sua época.
Os seus livros são considerados um marco à literatura regionalista, porém também possuem um caráter memorialístico. Inclusive o título “Menino de Engenho”, publicado em 1932, relata a vida de seu avô, José Paulino. Obra esta que ganhou o Prêmio da Fundação Graça Aranha.
Quem foi José Lins do Rego?
José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 3 de junho de 1901, no engenho Corredor, em Pilar, na Paraíba. Foi criado pelos seus avós, a pedido de sua mãe, que faleceu pouco tempo após dar à luz.
Assim, o autor cresceu na Paraíba, estudou no internato de Itabaiana e no Colégio Diocesano Pio X de João Pessoa. No entanto, após testemunhar a decadência dos engenhos de açúcar, se mudou para o Recife e estudou no Colégio Carneiro Leão. Após concluir os estudos, ingressou na Faculdade de Direito, em 1919 e formou-se em 1923.
Em 1924 casou-se com Filomena Massa, sua prima, com quem teve três filhas. Já em 1925, ocupou o cargo de promotor na cidade de Manhuaçu, em Minas Gerais e no ano seguinte foi morar em Maceió, local onde trabalhou como fiscal até 1935. Nessa mesma época, o autor escreveu para o Jornal de Alagoas.
Carreira literária e influências
José Lins do Rego era apaixonado por literatura, tanto que tinha autores como Raul Pompéia e Machado de Assis como seus preferidos. Por intermédio dessas influências, publicou em 1932, de forma independente, o seu primeiro livro: “Menino de engenho”, o qual lhe trouxe grande reconhecimento e o Prêmio da Fundação Graça Aranha.
No ano de 1935, José Lins mudou-se para o Rio de Janeiro, assumindo o cargo de fiscal do imposto de consumo. Entretanto, não deixou a escrita de lado e, inclusive, recebeu diversas gratificações por seus romances, como o Prêmio Felipe d’Oliveira com o romance Água-mãe (1941).